O ensino médio é uma época de exposição incrível. Jovens entre 10 e 14 anos passam por mudanças intensas em seu relacionamento e autoconceito, tudo sob o olhar atento de seus colegas igualmente vulneráveis. Pela primeira vez em suas vidas, os alunos do ensino médio podem sentir sua confiança e autoestima se esvaindo.
É natural que seu filho pré-adolescente passe por períodos de dúvida sobre si mesmo. Em decorrência disso, o instinto deles pode ser se afastar de você. No entanto, existem alguns passos que você pode tomar para ajudar seus filhos no ensino médio a retomar seu senso de identidade e promover um clima de autoaceitação em sua casa e além. As estratégias abaixo ajudam os jovens a perceberem que são dignos e amados, não importa o quanto mudem ou quantos erros cometam ao longo do caminho:
- Foco na emoção, não na realização. Em seu livro Middle School Matters, Phyllis Fagell sugere que uma maneira de afastar seu filho de uma mentalidade perfeccionista é focar em como uma atividade específica os faz sentir, e não no que eles ganham com isso. Em vez de elogiar seu filho por vencer em uma competição de natação, você pode dizer: “Você se esforçou tanto para isso – e parece que você se divertiu muito!” Em vez de elogiar seu filho por tirar 10 em uma prova de matemática, diga: “o que mais gostei sobre isso é que você realmente gostou de aprender esses conceitos. Acho que você pode ser um futuro matemático.” Resumindo, foco no processo, não no produto.
- Peça a seu filho para lhe ensinar um jogo, uma habilidade ou outra coisa que ele saiba. É importante que as crianças saibam que em sua casa, você é o especialista que está no controle e é o capitão do navio (metafórico). Mas também é importante que seus filhos reconheçam que, à medida que eles crescem, você também pode aprender com eles. Peça-lhes que ensinem algo que eles sabem e reforce o quanto você se orgulha do trabalho que deu para chegar ao ponto em que eles são os especialistas.
- Critique todos os tipos de mídia. Em The Opposite of Spoiled, Ron Lieber sugere ensinar educação midiática às crianças, contestando os anúncios de propaganda. Embora ele faça isso a serviço da educação financeira, é algo que também pode ser usado para ajudar os jovens a identificar expectativas injustas. Como, por exemplo, a mídia transmite ideias erradas sobre feminilidade e masculinidade? Por que as pessoas de cor estão ausentes de certos tipos de histórias e presentes em outras? Ajudar seu filhos a articularem essas mensagens subconscientes não apenas promoverá seu pensamento crítico, mas também os ajudará a reconhecer quando suas expectativas para si mesmos são baseadas em seus próprios valores e desejos, e não nos ditames da sociedade.
- Elogie-os usando descrições. Em sua obra How to Talk So Teens Will Listen and Listen So Teens Will Talk, Adele Faber e Elaine Mazlish dedicam um capítulo inteiro a elogiar os adolescentes. Nele, eles recomendam priorizar descrições detalhadas em vez de generalizações. Por exemplo, em vez de dizer: “Você é uma ótima dançarina!” Você pode dizer: “Gostei muito de como seu corpo se tornou muito mais poderoso e flexível. Você realmente se destacou nesses saltos!” As descrições parecem mais genuínas e, portanto, mais fáceis para pessoas de todas as idades aceitarem e acreditarem.
- Faça o trabalho que você precisa para aceitar seu filho. A geração de jovens de hoje tem acesso a um vocabulário e estruturas teóricas que muitos de nós não tínhamos ao crescermos. Por exemplo, existem palavras para vários tipos de sexualidades além de hétero e gay, e mais de dois gêneros. Nós, como pais, podemos ter bloqueios mentais em torno dessas palavras e conceitos – às vezes a ponto de nem acreditarmos no que nossos filhos dizem. É importante lembrar que é nossa responsabilidade encontrar nossos filhos onde eles estão e nos informarmos sobre os problemas que eles enfrentam. Leia um livro, consulte um terapeuta, procure outros pais como aliados – resumindo, faça o trabalho que você precisa fazer para entender de onde seu filho está vindo e apoiá-lo incondicionalmente.